Revista J.P: Cuidado necessário

A Dra Ana Claudia Quintana Arantes foi uma das pessoas ouvidas pela jornalista Carla Julien Stagni, da Revista J.P na reportagem Cuidado necessário.

A publicação completa está disponível para assinantes no postal Glamurama https://glamurama.uol.com.br mas deixamos um trechinho aqui para vocês:

LUTO
Por Ana Claudia Quintana Arantes, médica especializada em geriatria e gerontologia, psi- cóloga e fundadora de A Casa Humana

“A tal da luta pela vida se tornou muito de- safiadora, por conta de tudo que foi imposto com a pandemia: aumento vertiginoso de pes- soas doentes e o número de mortes. Famílias foram quase que dizimadas e deixaram sobre- viventes emocionalmente devastados. Isso tudo vai ter que ser trabalhado”, diz ela. “As pessoas precisam começar a pensar na morte e no luto como algo necessário para uma vi- da que faça sentido, porque se você imaginar que as pessoas que você mais ama podem es- tar mortas na semana que vem, não vai abrir mão em nenhum momento de poder dizer o quanto ama, de ter esse momento de afeto”, revela. “Não tem uma fórmula mágica para sair do luto. O caminho mais fácil de fazer is- so é se libertar do dia da morte. Se você ficar presa ao dia da morte da pessoa, não conse- gue olhar para toda a história que teve com ela antes disso. Essa história carrega todas as pistas necessárias para nos fazer lembrar o quanto tinha de amor nessa relação. É isso que nos reconstrói”. E finaliza: “Se a pessoa que morreu pudesse voltar, que conselho acha que ela te daria? Se existe amor verdadeiro o conselho vai ser: ‘Siga sua vida, seja feliz’. Não cabe uma vida inteira num dia só. Não cabe uma história de amor em uma doença. O cor- po acaba, mas a história não”.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *