Sempre digo que o segredo para fortalecer o nosso cérebro está no aprender: fundamental para que consigamos envelhecer sem que nossas conexões neurais “enferrugem”.
Precisamos mantê-lo ativo, assim como nosso corpo.
Há quem diga por aí que gente velha não consegue aprender coisas novas. Não deixe que essa afirmação absurda dite o que você pode ou não fazer – há tanta coisa linda para mergulhar e aprender!
(E tenho tantos casos bem bonitos de pacientes dispostos que foram atrás de velhos sonhos para envelhecer bem! Aposto que você gostaria de aprender alguma coisa nova que deixou de fazer lá atrás por falta de tempo…)
“Sempre” e “nunca” são advérbios que não cabem mais à medida que envelhecemos: se nunca fez, faça agora.
Se você costuma ler bastante, se gosta de fazer artes, fique muito feliz com isso. Mas te proponho o desafio a mudar o curso do seu aprendizado: tente uma técnica nova dentro da sua arte favorita, leia temas que adora, mas fale sobre eles com amigos ou familiares. Faça algo diferente, desafie-se.
Se gosta de cozinhar, testa uma receita que nunca fez antes, inscreva-se em um curso de línguas, cometa a ousadia de escrever um texto usando um dicionário de uma língua que você não aprendeu (ainda)… use sua criatividade! O importante é “forçar” o cérebro a um novo conhecimento.
Diversas pesquisas médicas afirmam que um dos melhores recursos para desenvolver conexões cerebrais é a música. Aprender um novo instrumento musical age diretamente sobre a nossa memória, trabalha a nossa atenção (quando temos de treinar ritmo e som) e exercita a área motora (quando treinamos os movimentos do instrumento).
Um exercício perfeito para quem está querendo viver mais tempo.
Além disso, a música ocupa uma região do nosso cérebro que o temido Alzheimer não alcança, promovendo estímulos, nos deixando mais criativos e lúcidos. Ou seja, ela é capaz de “sobreviver” a alguns sintomas da doença. Vejam o documentário “Alive Inside“- surreal é o poder da música sobre nosso cérebro!
A diminuição do estresse, da depressão e da ansiedade também estão entre os benefícios. É uma maneira de se manter feliz com novos amigos e professores, de desenvolver o potencial de conexão social de qualidade.
É possível se divertir, melhorar a autoestima e o seu senso de capacidade.
E o mais incrível de tudo é a capacidade que a música tem de despertar emoções dentro de cada um: revivemos velhas memórias, nos lembramos de pessoas queridas, criamos novas sensações.
Ela nos religa com a vida, com nossa história e com às pessoas ao nosso redor.
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No Workshop “Os 7 Pilares para Envelhecer bem” nós vamos conversar mais um pouco sobre isso.
Será online e gratuito.
Caso queira bater esse papo comigo, basta clicar AQUI para se inscrever no Workshop.
Respostas de 9
Adorei, aos 51 estou aprendendo violão. Um baita desafio.
Artigo bacana que só vem para me inspirar a aprender a tocar pandeiro… percussão.
Obrigada
Minha vó estava no CTI já tinha vários dias, sem sedação, não acordava… Começamos a colocar músicas pra ela e seus dados vitais começaram a alterar no momento das visitas com as músicas e ela começou a reagir, apertar nossas mãos e até chorar… Foi visível pra nós a diferença que a música fazia nas reações dela, recuperou em partes, demorou pra partir, mas a vida dela era cheia de música e as expressões dela eram reconhecidas a cada música que colocavamos …
vou compartilhar nos meus grupos de cuidadores familiares de pacientes com Alhzeimer, se não puder me avise e eu retiro, ok.
Obrigada
Sou professora de música , trabalho com todas as idades e é nítido ver os beneficios da musica na vida em especial dos idosos . O simples Cantar é extremamente terapeutico e participar de um coral , então … mágico !! Sempre é tempo Sim de aprender um instrumento ou soltar a voz ..Parabêns pela matéria !! 🎵
Iniciei um curso de inglês e italiano on-line esta semana. Preciso de novos desafios pois depois que me aposentei sinto necessidade de ser produtiva. Ainda tenho muita vontade de aprender a tocar piano, uma paixão desde a infância! Será meu próximo passo. Ler esse texto me incentivou muito mais a realizar essas atividades.
Aos 48 anos iniciei meu curso de piano. Que desafio senhoras e senhores!!!!
Marta, que coisa linda de saber! ❤ Esperamos que as aulas estejam sendo surpreendentes.
Um abraço, equipe ACQA.
Tenho 62 anos e comecei a estudar piano. Estou amando!